A FONDO… Entrevista a Sérgio Faias – presidente del Consejo de Administración de Docapesca

Sérgio Faias, nació en Sesimbra, por lo que “siempre” mantuvo una fuerte conexión con el mar y aquellos que viven de él. Es doctor en Ingeniería Electrotécnica e Informática, y Máster en Ingeniería Mecánica por el Instituto Técnico Superior de la Universidad Técnica de Lisboa, ha sido profesor en el Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), habiendo integrado varios centros de investigación y desarrollo, más recientemente el Instituto de Ingeniería de Sistemas e Informática, Investigación y Desarrollo. Entre 2001 y 2015 asumió como coordinador del grupo de trabajo de Calidad de Servicio del Consejo Europeo de Reguladores de la Energía, como representante de la Autoridad Reguladora de Servicios Energéticos, donde trabajó como experto en la Dirección de Infraestructuras y Redes y coordinó el equipo de Calidad del Servicio Técnico.  Desde febrero de 2021 está al frente de la presidencia del Consejo de Administración de Docapesca -Portos e Lotas, organismo del que es miembro desde 2016.

Sérgio Faias nasceu em Sesimbra, pelo que “sempre” manteve uma forte ligação ao mar e a quem dele vive. É doutorado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores, e mestre em Engenharia Mecânica pelo Instituto Técnico Superior da Universidade Técnica de Lisboa, foi professor no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), tendo integrado vários e centros de desenvolvimento, mais recentemente o Instituto de Engenharia de Sistemas e Informática, Pesquisa e Desenvolvimento. Entre 2001 e 2015, foi coordenador do grupo de trabalho de Qualidade de Serviço do Conselho Europeu de Reguladores de Energia, em representação da Entidade Reguladora de Serviços de Energia, onde desempenhou funções de especialista na Direção de Infraestruturas e Redes e coordenou a Direção de Qualidade de Serviço técnico. Desde fevereiro de 2021, assume a presidência do Conselho de Administração da Docapesca -Portos e Lotas, entidade da qual é membro desde 2016.

Docapesca es una empresa del sector empresarial del Estado, supervisada por el Ministerio de Agricultura y Alimentación y el Ministerio de Hacienda de Portugal, que tiene por misión cumplir el servicio público de primera venta de pescado en lonjas y actividades conexas, gestionar los puertos pesqueros y ejercer funciones de la autoridad portuaria.

Está dispersa territorialmente por Portugal continental, en cinco Direcciones de Puertos y Subastas, que representan un total de 25 subastas y 36 puestos.

A Docapesca é uma empresa do setor empresarial do Estado, tutelada pelo Ministério da Agricultura e Alimentação e pelo Ministério das Finanças Português, que tem como missão cumprir o serviço público da primeira venda de pescado em lota e atividades conexas, administrar portos de pesca e exercer funções de autoridade portuária.

Está territorialmente dispersa por Portugal continental, em cinco Direções de Portos e Lotas, que representam um total de 25 lotas e 36 postos.

 

  • ¿Cuáles son los retos estratégicos y desafíos a los que se enfrenta DOCAPESCA? Quais são os desafios estratégicos que a DOCAPESCA enfrenta?

 

Após um período de dois anos de uma pandemia e do conflito, que se seguiu, no leste europeu, é indesmentível o profundo impacto no aumento do preço dos fatores de produção.

 

Conscientes do nível de exigência deste novo ciclo, a Docapesca desencadeou a preparação de um novo plano estratégico que permita estabelecer um rumo claro para a sua ação, dando resposta àquelas que foram as aspirações e expetativas das partes interessadas da empresa, quer sejam os nossos clientes e parceiros externos, bem como os nossos trabalhadores.

 

O presente ano de 2023 representa assim um primeiro exercício para a implementação de uma estratégia plurianual renovada, baseada em quatro vetores estratégicos: a Relação com a Comunidade; a Sustentabilidade do Setor Alimentar do Mar; a Valorização e Diversificação da Atividade e a Eficiência Organizacional.

 

 

  • ¿Qué acciones se están desarrollando desde Docapesca para garantizar la sostenibilidad de este sector empresarial? Que ações estão a ser desenvolvidas pela Docapesca para garantir a sustentabilidade deste setor empresarial?

 

Cada um dos vetores estratégicos acima referidos congrega um conjunto de objetivos estratégicos, sendo o principal foco da Docapesca a valorização dos produtos do setor alimentar do mar português e o reforço dos sistemas de rastreabilidade, contribuindo para uma distribuição mais equilibrada de rendimentos ao longo da cadeia de valor, alicerçada num forte compromisso com a inovação, a segurança e a transição digital e energética.

 

Por estes motivos, iremos voltar a organizar a terceira edição da Expo Fish Portugal (www.expofishportugal.com), o maior espaço internacional de promoção do pescado português e das atividades ligadas ao mar e coorganizámos em 2022, a primeira edição do Congresso da Pequena Pesca no qual se debateram os principais desafios deste importante segmento do setor.

 

Iremos também continuar a transformar os portos de pesca em portos mais sustentáveis, melhorando a eficiência energética das instalações e equipamentos, procurando uma maior autonomia energética por via da instalação de parques fotovoltaicos, melhorando também a gestão dos resíduos, privilegiando as operações de valorização dos mesmos.

 

No capítulo da inovação, estamos também a desenvolver o conceito do porto de pesca inteligente, cujo projeto piloto se irá desenvolver em Olhão.

 

  • ¿Cuál es su opinión y experiencia dentro del proyecto Atlazul? Qual é a sua opinião e experiência dentro do projeto Atlazul?

 

A Experiência da participação da Docapesca no projeto Atlazul tem sido muito positiva. Desde logo, porque nos revemos nos principais objetivos do projeto, relacionados com o desenvolvimento sustentável e a criação de valor para as populações locais, através da economia azul.

 

Mas também porque o projeto Atlazul tem sido uma importante plataforma colaborativa e de partilha de conhecimento, que envolve um conjunto muito diversificado de parceiros, oriundos das quatro regiões de Portugal e Espanha, com atividade que vai desde a administração pública, às empresas privadas e associações, passando pelas universidades e centros de investigação.

 

  • ¿Cómo puede beneficiar este a la explotación sostenible de mares y océanos? Como isso pode beneficiar a exploração sustentável dos mares e oceanos?

 

A participação da Docapesca no projeto Atlazul permitiu concretizar um desejo antigo de melhorar as ligações transfronteiriças entre Vila Real de Santo António e Ayamonte.

 

Com um investimento global de 585 mil euros, esta intervenção atualmente em curso, tem como objetivo consolidar a estrutura física de retenção marginal do Rio Guadiana, na faixa reservada ao terminal transfronteiriço (embarque e desembarque das carreiras fluviais entre Vila Real de Santo António e Ayamonte, em Espanha), e será realizada em 3 troços contíguos da marginal.

 

No primeiro troço, com 150 metros, imediatamente a montante do Porto de Recreio do Guadiana, será construída uma nova retenção marginal em enrocamento sobre a existente. No segundo troço – cais comercial existente, com 300 metros, serão instaladas novas defensas e escadas metálicas. No terceiro troço, com 110 metros, a montante do cais comercial, será reparada a estrutura da retenção existente, em perré.

 

Paralelamente a esta intervenção, foram também instaladas novas bilheteiras e instalações sanitárias neste cais de Vila Real de Santo António, melhorando um espaço que é anualmente utilizado por milhares de pessoas que visitam o nosso país através desta via.

 

 

  • ¿Qué oportunidades brinda formar parte de este proyecto cooperativo para el crecimiento azul y el desarrollo económico de su zona? Que oportunidades fazer parte deste projeto cooperativo oferece para o crescimento azul e desenvolvimento econômico em sua área?

 

A Docapesca considera que o espaço transfronteiriço do rio Guadiana apresenta um elevado potencial no âmbito da economia azul sustentável. O património natural e humano único da região e das comunidades que se distribuem ao longo desta via navegável, constitui em elemento de atratividade que deve ser exponenciado, contribuindo para desenvolvimento socioeconómico dessas populações, para a sua fixação e preservação cultural.

 

Por este motivo, a Docapesca formalizou um Protocolo de cooperação com os municípios de Mértola, Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António, para a realização de um Estudo para Identificação das Infraestruturas Fluviais com Potencial para Dinamização Sustentável da Via Navegável do Rio Guadiana.

 

Com este estudo, pretende-se realizar uma caracterização socioeconómica das populações que se distribuem ao longo da Via Navegável do Rio Guadiana, identificar os principais elementos identitários e de atratividade no âmbito do turismo sustentável e avaliar as necessidades de modernização ou de instalação de novas infraestruturas fluviais que sirvam de interface para melhor potenciar o desenvolvimento desta região transfronteiriça.

 

No âmbito deste estudo, será também desenvolvido um plano de investimentos contendo um planeamento financeiro, uma programação temporal, as prováveis tipologias de promotores e as potenciais fontes de financiamento que permitam concretizar esta visão.

 

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